sexta-feira, 15 de junho de 2007

changes...

como é difícil tomar uma decisão, né?
pior, como é difícil executar isso quando foi difícil já decidir...
é isso que estou passando
sem dúvida é um dos momentos, se não o mais, delicados que já vivi
uma necessidade tremenda de acabar com tudo, de explodir, de dar a mim mesmo um renascimento
encarar uma nova realidade, de novas incertezas e dúvidas, não mais as mesmas que vêm me rodeando nos últimos dias
não estou preparado pra tal mudança, não me sinto preparado pra isso
é como se fosse mais cômodo ficar de braços cruzados sem agir e ficar num sufoco interminável, numa sensação claustrofóbica e agonizante, na qual tudo à volta parece cercar-me em cantos escuros e me espancar, até o momento que eu peça arrego
isso parece mais simples de se fazer do que mudar tudo, do que ocasionar feridas profundas em mim mesmo e em pessoas que estão no meu coração, pra sempre, e que eu sempre tive medo de machucar
pois as minhas mudanças são apenas neste sentido, o de fazer com que uma vida seja interrompida e seja forçada a começar do zero novamente... isso dói e, por mais necessário que seja, é quase que impraticável
mas ainda assim, não deixa de ser necessário
viver nessa dualidade, uma esquizofrenia consciente e constante, pulsante e que faz rasgar a pele das costas
isso não pode e não deve se estender mais, mas é difícil
é como encarar seu pior inimigo... é como entrar num quarto escuro correndo, fugindo de algo, e sem saber o que há dentro do quarto e nem imaginar o que pode haver lá, se é que há algo
tomar decisões exige duas coisas: maturidade e coragem
maturidade em enxergar os pontos que movem tal decisão e analisar se estes pontos são realmente plausíveis e certos para si mesmo
e coragem para colocar a decisão em prática, admitindo a possibilidade de falhas, dores e quedas, de si mesmo ou de outrem que esteja envolvido na situação
acredito que, para mim, maturidade eu adquiri... coragem, bem, isso a gente nunca sabe se tem o suficiente
sempre parece faltar, e sempre parece faltar muito... mas, talvez coragem seja enfrentar a situação de frente com aquele frio na barriga, aperto no coração, falta de ar no pulmão, lágrimas nos olhos, dor de cabeça, nariz escorrendo, ouvido apitando, tremedeira nas pernas e suor nas mãos...
coragem talvez seja sentir tudo isso e, enquanto isso ainda existe, você continua determinado e consciente de que está fazendo o certo, por mais errado que possa parecer de fora
é a tal dualidade... uma espécie de dúvida existencial: ser ou não ser?
não ser parece simples... por mais doloroso que seja, é apenas uma questão de conformar-se com o desconforto e admití-lo enquanto realidade imutável...
porém, ser exige coragem e maturidade, e quando atinge-se isso, ser, todas as verdades e medos desaparecem... e assim resta, apenas, o alívio de ter feito a coisa certa, e a certeza de que tudo passa a ser incerto e que não há mais verdades, ao passo que a mudança é sempre um novo começo
vire a página...
reconheça tudo de bom que viveu, mas não se prenda a isso caso não acredite mais nisso
viver é fazer e correr atrás do que se acredita, do que se ama... isso pede cautela, calma, paciência
bom, estou tentando ter tudo isso
nunca me pareceu que seria tão difícil qualquer situação semelhante
hoje vejo que é e que eu não estou preparado, mas quem está?!
um forte abraço,
de quem continua acreditando...

2 comentários:

Rodrigo disse...

no compreendo..

1910 disse...

Pois é brother, eu tambem queria ter uma bomba, um flit paralisante qualquer..

ou simplesmente um botão off, pra desligar e ligar somente quando eu quisesse..

cara eu tenho passado por mtas coisas de decisoes, e tal, e sabe o que eu tenho feito ?

Simplesmente tenho deixado elas decidirem por mim...

parece foda....



mas é mais foda ainda....

abraços!